terça-feira, 27 de março de 2012

FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DOS FLORAIS Segundo Bach em publicação de alguns de seus artigos, casos clínicos e palestras do período em que se dedica exclusivamente aos florais, expõe uma filosofia espiritualista sem maiores preocupações científicas, e que está fundamentada sobre cinco postulados : 1º - Todo ser humano possui uma Alma, uma essência Divina, que é nosso verdadeiro Eu – o Eu Superior – que nos guia e nos protege. O corpo físico é como uma roupagem temporária, que é o receptáculo da Alma para que esta possa continuar sua jornada evolutória na senda do Amos. 2º - Nosso nascimento na Terra se deve ao fato de que estamos cumprindo uma missão de auto-aprimoramento e, portanto, devemos nos esforçar por eliminar nossos defeitos e cultivar nossas virtudes. 3º - Nossa Alma, entendida como nossa individualidade , o Self, é eterna e a morte não extingue nossa consciência subjetiva. A vida na Terra é uma ínfima parcela da jornada em direção à Deus. 4º - O conflito, o mal, a doença, surgem quando nossa personalidade se desvia da trajetória traçada pela Alma, seja porque a personalidade se sinta atraída por desejos terrenos “fúteis”, seja devido à influência perniciosa de outras pessoas. Deste modo , a maior garantia de uma boa saúde – e, também, da felicidade “genuína” – é a “busca do conhecimento e da realização de nosso Propósito Maior, individual”. 5º - Nosso reconhecimento da existência de Deus, “ a Unidade Absoluta de todas as coisas”, é um ato de sabedoria e humildade e que afirma uma grande igualdade : não há nada que seja distinto entre si no plano da Alma, da essência verdadeira do ser humano. Todas as coisas , sejam elas dos planos microscópicos ou macroscópicos, estão ligados a uma origem única que é o sustentáculo de todos. Este fato implica em que qualquer ação nociva aos outros ou a si mesmo afeta essa grande Unidade. As conseqüências destes cinco postulados são dois erros básicos da personalidade : cindir a Alma e agir contra a grande Unidade. Todas as doenças decorrem destes erros primários:; entretanto, Bach considera que o sentido último de todas as doenças é benéfico , pois funciona como um alerta que pode nos reconduzir à senda do Amor trilhada pela Alma. É a Alma quem escolhe adoecer, curar-se, nascer sob determinadas condições, morrer, etc., para forçar a personalidade a passar pelas experiências necessárias ao seu progresso espiritual. Deste modo, todas as doenças encontram sua origem nas formas distorcidas de pensar, sentir e agir que “desconectam” o ser humano de sua Alma, sua essência divina e , portanto, de Deus. Por este motivo, Bach ao sistematizar os florais, classifica-os de acordo com as falhas emocionais e mentais de seus pacientes. Mais tarde, quando já dispunha de todos os seus 38 remédios florais, Bach redefine estes 7 grupos classificando suas essências de acordo com eles. Os florais de Bach tentando eliminar, então: 1. O medo; 2. A indecisão; 3. A falta de interesse pelas circunstâncias atuais; 4. A solidão; 5. O excesso de sensibilidade a influência e opiniões; 6 . O desalento ou desespero; 7. A preocupação excessiva com o bem-estar dos outros. Para Edward Bach, os sintomas físicos são secundários, representando apenas os sinais simbólicos da gravidade do desequilíbrio da Alma. Como conseqüência, a descrição da personalidade patológica torna-se fundamental na tipificação do indivíduo de acordo com seu temperamento. Esse processo possibilita a identificação do remédio que lhe é correspondente. O princípio empregado é o da “virtude oposta cura a falha”. O método de cura que opera a partir deste princípio consiste, não em repelir a influência adversa, mas em “transformá-la na sua virtude oposta e (...) expulsar a imperfeição”. A doença verdadeira é sempre a falta de Amor e pode se manifestar em ódio, orgulho, egoísmo, vaidade, ambição, etc. Assim sendo, é muito útil a utilização dos florais no tratamento de psicoterapia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário